sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mais sobre os casos dos tubarões em áreas protegidas no Nordeste


Celso Calheiros
29 de Setembro de 2011

Pesquisa aponta como causa para extinção do tubarão-das-galápagos no Brasil a pesca comercial no entorno do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Essa foto, de Niall Kennedy, foi tirada no aquário de Monterey, Califórnia. Foto: Niall Kennedy

Má notícia. A lista de espécies extintas no Brasil cresce com a inclusão de um animal no topo da cadeia alimentar, o tubarão-das-galápagos (Carcharhinus galapagensis). Vários relatos históricos apontam que grandes populações da espécie, com habitat junto a recifes oceânicos, existiam no arquipélago de São Pedro e São Paulo. Esse animal, no entanto, nunca mais foi avistado nesta formação rochosa, distante 986 quilômetros do continente. A constatação foi feita pelo trabalho Extinction of a shark population in the Archipelago of Saint Paul's Rocks (equatorial Atlantic) inferred from the historical record (em português "Extinção de uma população de tubarões nos recifes do arquipélago de São Paulo, inferida pelos registros históricos") assinado pelos cientistas Osmar Luiz Júnior, do departamento de Zoologia da Universidade Estadual de Campinas, e Alasdair J. Edwards, da School of Biology da Newcastle University.

O artigo foi publicado pela Biological Conservation, uma das mais importantes publicações da área. A pesquisa da dupla de cientistas utiliza um levantamento de registros feitos nos séculos 18, 19 e 20 e os compara com dados recentes, produzidos depois de dez anos de ocupação continuada e observações frequentes na estação científica do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Entre os registros históricos, estão citados Charles Darwin, que passou por lá com seu HMS Beagle, em 1832, e outros visitantes, como a expedição da Universidade de Cambridge, em 1979. Osmar Luiz conta que a impressão é de que tubarões ocorriam no entorno das formações de São Pedro e São Paulo em quantidades extraordinárias. "Segundo relatos de viajantes experientes e acostumados a vida no mar", ressalta.

O tubarão-das-galápagos é uma espécie comum em águas tropicais e temperadas, concentra-se em ilhas oceânicas e geralmente rasas, portanto típico de plataformas insulares. No Brasil, há registros da espécie apenas em São Pedro e São Paulo. "Uma ou duas vezes em Fernando de Noronha", detalha Osmar Luiz, e em nenhum outro apontamento. O animal pode alcançar 3,7 metros de comprimento e inicia a vida adulta quando atinge 170 a 236 cm (macho) e 235cm (fêmea). Há carência de informação sobre o estado de conservação da espécie no mundo.

Pesquisadores na estação: da esquerda para a direita, João Luiz Gasparini, Jean-Christopher Joyeux, Werther Khroling e Osmar Luiz. Foto: Osmar Luiz Jr.

Arquipélago de São Pedro e São Paulo fica a quase mil quilômetros do continente brasileiro. Foto: O.J. Luiz e A.J. Edwards | Clique para ampliar.

O motivo para a extinção dessa espécie em águas brasileiras é um só: a pesca comercial próxima demais a essa área de proteção ambiental (APA) que, pelo rigor da lei, deveria ser controlada, sustentável e realizada com plano de manejo. Na visão do próprio chefe do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Ricardo Araújo, o plano de manejo não especifica muita coisa para o arquipélago de São Pedro e São Paulo. "Isso é uma pena", lamenta.

Osmar Luiz alerta que a extinção de predadores, dependendo do lugar, tem consequências diferentes. "Nos EUA, a extinção dos grandes tubarões levou a uma superpopulação de raias e redução drástica no número de vieiras – o que levou à falência a indústria de pesca local", exemplifica. O fenômeno chama-se cascata trófica (não é um trocadilho irônico, embora seja tentador fazê-lo) e, às vezes, nem precisa da extinção de uma espécie, apenas a redução drástica da sua população pode desequilibrar o seu ecossistema.

O trabalho aponta a pesca no arquipélago de São Pedro e São Paulo feita por espinhéis como a causa da extinção dessa espécie de tubarão. O espinhel é um cabo com centenas de metros que desce a grandes profundidades com vários anzóis presos. A pesca por espinhel é indicada para espécies que vivem em alto mar e a grandes profundidades. Os tubarões acabam capturados por engano, pois o alvo da prática são peixes com valor comercial maior.

O anúncio da extinção da espécie em águas brasileiras é visto com pessimismo até mesmo por quem está no Pacífico Leste, como o diretor regional de conservação marinha Scott Henderson, da Conservation International. Ele segue o mesmo raciocínio de Osmar Luiz: natural regulador do tamanho e composição das comunidades biológicas, a perda de um predador no topo da cadeia alimentar fatalmente tem consequências. Henderson diz que a remoção de um tubarão vai levar o predador de médio porte a se alimentar de um grande número de pequenos peixes de todos os tipos. "No final, o ecossistema se torna desequilibrado, dominado pelo predador de tamanho médio que se alimenta de tudo que se move", explica o diretor da CI, que conhece a região. "No arquipélago de São Pedro e São Paulo, já há evidências de que as enguias estão extraordinariamente abundantes".

Polêmica

A pesquisa de Osmar Luiz e Alasdair Edwards tem críticos. Um deles é Fábio Hazin, diretor de Oceanografia e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), profundo conhecedor da pesca por espinhel e pesquisador entre os mais ativos na estação científica do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Ele é um estudioso de tubarões e presidente da Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT). Hazin não concorda com a conclusão de extinção do tubarão-das-galápagos, pois capturou três exemplares (duas fêmeas e um macho) próximo do arquipélago de São Pedro e São Paulo e depositou suas maxilas no Museu Oceanográfico Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com tudo registrado em artigo científico. Ele faz distinções entre as formas de pesca por espinhel. "Em toda pesca por espinhel, defendemos o uso do anzol circular para aumentar o índice de sobrevivência dos tubarões capturados". E também é enfático ao discordar da pesca comercial no arquipélago: "Sou contra, sim, qualquer atividade de pesca de espécies demersais no entorno do arquipélago, que não seja para fins exclusivos de pesquisa".

Natalia Alves Bezerra, pesquisadora do laboratório de ecologia marinha da UFRPE, já passou uma temporada na estação científica do arquipélago e também não acredita nesse resultado. Segundo ela, o tubarão-das-galápagos não está extinto. Vai além e levanta a hipótese de que a espécie pode não fazer parte da biota permanente. "Desde 2009, foram vistos exemplares da família Carcharhinidae, a qual o tubarão-das-galápagos pertence", diz ela. A ausência de avistagens do tubarão-das-galápagos pode decorrer da dificuldade de identificação da espécie entre outras semelhantes.
Na região, Natalia defende que há espécies de tubarões com ocorrências esporádicas. Muitas são sazonais, a exemplo do magnífico tubarão-baleia (Rhincodon typu). "Outras espécies utilizam as imediações do arquipélago de São Pedro e São Paulo durante praticamente todo o ano, tais como o lombo preto (Carcharhinus falciformis), martelo (Sphyrna lewini), azul (Prionace glauca) e mako (Isurus oxyrinchus),".

Osmar Luiz contra-argumenta que o tubarão-das-galápagos raramente migra, pois é ligado a área de recifes em que vive. Mas considera animadores os dados do estudo de Hazin. Como a pesquisa capturou exemplares do Galápagos na área, "podemos afirmar", diz ele, "que esta espécie poderá reconstituir sua população no arquipélago de São Pedro e São Paulo, se a pesca por espinhel for proibida".

Desequilíbrio

Sobrepesca, pesca predatória e finning (retirada das barbatanas e nadadeiras) são apontadas como causas para extinção da espécie de predador. Foto: André Seale

Todos concordam, no entanto, que os tubarões-das-galápagos costumavam ser avistados em quantidade na região. Osmar Luiz e Alasdair Edwards levantaram 1998 como o último ano em que os tubarões foram vistos. A data é importante porque coincide com o ano da fundação da estação científica no arquipélago de São Pedro e São Paulo e mostra que a extinção ocorreu em um período sem regulamentação da APA e praticamente nenhuma fiscalização. "Hoje os pescadores preferem trabalhar mais afastados", comenta Osmar Luiz, que, por dois períodos, foi hóspede da estação científica.

Nem todos os pesquisadores que já estiveram na estação científica consideram segura a distância regulamentar dos navios de pesca em relação aos recifes. O professor Ronaldo Francini-Filho, do departamento de zoologia Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aponta a pesca de atum e a retirada de nadadeiras de tubarões, o chamado finning, como responsáveis pelo desequilíbrio desse ambiente. "Essas práticas são comuns no arquipélago", conta. Isso é grave, pois o finning é proibido no Brasil. Na região, a espécie que mais sofre com ela é o tubarão-azul.

O professor Carlos Eduardo Ferreira, do departamento de biologia marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembra do debate que existe entre os estudiosos da engenharia de pesca e os biólogos. "O ideal seria a união entre as duas perspectivas, mas o pessoal da pesca se preocupa com a produção pesqueira enquanto os biólogos se concentram nas características ecológicas e nos métodos de conservação". Carlos Eduardo vai além e cita a contradição que existe nas ilhas protegidas pela Marinha do Brasil, destinadas à pesquisa científica: o arquipélago de São Pedro e São Paulo e a Ilha de Trindade. Quem presta o serviço de fornecimento de mantimentos a esses locais são, exatamente, as embarcações pesqueiras.

O biólogo João Luiz Gasparini, pesquisador associado ao departamento de oceanografia e ecologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) tem uma opinião firme sobre o assunto. Acredita que tanto o CNPq quanto a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) deveriam acabar com a contratação de barcos de pesca para fazer o translado e dar apoio às pesquisas no arquipélago ou em qualquer outra ilha oceânica brasileira. "É um contrassenso. Guardando as devidas proporções, é como se a National Geographic Society contratasse uma empresa especializada em safáris de caça ao chimpanzé para levar a Jane Goodall para realizar as suas pesquisas na Tanzânia", compara. Ele afirma ter presenciado pesca de tubarões e até dóceis raias-jamantas pelas traineiras que levam os pesquisadores. "É inaceitável".

O diretor do Instituto Aqualung, Marcelo Szpilman, trabalha em defesa dos tubarões e critica a sobrepesca, em especial, a pesca predatória do peixe (que inclui a prática do finning). "Sem esses guardiões, teremos um ambiente doente e frágil, por causa do desequilíbrio que sua ausência vai gerar".

Fetos expelidos após a captura de um animal de grande porte. Foto: Carlos Augusto Rangel


Metodologia

O trabalho de Osmar Luiz e Alasdair Edwards tem vários aspectos que estimulam o debate. Osmar Luiz utiliza um método inédito no Brasil, que é a busca por relatos de navegadores do passado, em livros antigos, para confirmar a existência em abundância do tubarão-das-galápagos no arquipélago de São Pedro e São Paulo, uma espécie nunca vista nos dez anos de funcionamento da estação científica. Os pesquisadores fizeram um minucioso trabalho de levantamento nos registros históricos. "Temos relatos de expedições geológicas na década de 60, relatos de navegadores nos anos 20, 30, 40... Até o século retrasado. O relato mais antigo de tubarões é de 1799", conta Osmar Luiz.

O recurso é elogiado por outros acadêmicos. "Os dados históricos são de qualidade acima de qualquer suspeita", elogia João Gasparini. "São observações naturalísticas maravilhosas, embasadas em documentos de navegadores lendários", completa. Ronaldo Francini-Filho acha que o trabalho ajudou a chamada ecologia histórica a conquistar espaço dentro dos estudos acadêmicos sobre a extinção de espécies.

Encaminhado pelo Professor Cláudio Sampaio

VIII Congresso Acadêmico da UFAL (Penedo).

Estão abertas as inscrições para as atividades que serão realizadas no VIII Congresso Acadêmico da UFAL (Penedo).
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Consumo de pescado

Ministro diz que o Brasil pode se tornar um dos maiores produtores mundiais de pescado
Por http://noticias.ambientebrasil.com.br/author/clipping

O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio Oliveira, destacou nesta quarta-feira (28) a capacidade do Brasil de se tornar um dos maiores produtores mundiais de pescado. "Somos o único país que tem 13% de água doce. Isso é um grande beneficio", disse durante a abertura do 1º Seminário Nacional sobre Pesca e Aquicultura em Reservatórios. "Temos o Ceará como o estado brasileiro que mais produz e consome pescado no país. Isso demonstra que estamos caminhando para se tornar um dos maiores produtores de pescado", ressaltou. Segundo o ministro, esse setor da pesca é muito importante para erradicar a pobreza no Brasil. "A pesca proporciona para a população brasileira uma forma de gerar renda tanto para o pescador quanto para o setor industrial. Já conseguimos produzir 1,2 milhão de toneladas de pescado no país e mais de 30 milhões de pessoas saíram da miséria, principalmente com a venda de peixes", destacou. Durante o seminário foram discutidos os impactos causados pela instalação de reservatórios de usinas hidrelétricas, além de políticas públicas que beneficiem a população, os pescadores e propiciem a geração de renda e alimentos, baseada na produção sustentável. (Fonte: Agência Brasil)



Encaminhado pelo Professor Emerson Soares

Recursos de emenda parlamentar serão empregados na pesca e aquicultura

Publicado por Redação em 26/09/2011 as 14:50

A emenda parlamentar do Deputado Joaquim Beltrão (PMDB), que beneficia a pesca e aquicultura em Alagoas, resultou em um encontro nesta segunda-feira (26), na sede da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq). O objetivo da reunião foi definir a destinação dos recursos na ordem de R$ 700 mil, oriundos da emenda parlamentar. O prazo para investir o montante é até dezembro desse ano.
Durante a reunião ficou definido que do recurso total, R$ 200 mil já estão garantidos para custeio. Esse direcionamento é para a revitalização das pisciculturas do baixo São Francisco, para beneficiar, entre outras ações, a compra de ração e a aquisição de alevinos.
Os outros R$ 500 mil serão destinados para estruturar o núcleo de piscicultura de Rio Largo, uma ação do Estado em parceria com a Ufal, além da compra de equipamentos para o laboratório do curso de Engenharia de Pesca, do pólo da Universidade, em Penedo.
Para o secretário de Estado da Pesca e Aquicultura Regis Cavalcante, a definição do investimento desses recursos é primordial para o desenvolvimento do segmento em Alagoas. "Com a captação do montante vamos desenvolver ainda mais o programa Alagoas Mais Peixe, e aumentar a oferta de alevinos, entre outras ações", destaca.
De acordo com o professor do curso de Engenharia de Pesca da Ufal, Emerson Soares, os recursos repassados para o laboratório da Ufal, serão utilizados, entre outras ações, para desenvolver a genética na obtenção da qualidade dos alevinos e trabalhar o pacote tecnológico de peixes de água doce, como a Tilápia e o Tambaqui e os de água marinha, como o Robalo e a Carapeba.
Além do secretário Regis Cavalcante e técnicos da Sepaq e o próprio Deputado Joaquim Beltrão, o superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Antonio Nelson, o superintendente regional do Ministério da Pesca, Reginaldo Lira e professores do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), também participaram da reunião.


Encaminhado pelo professor Emerson Soares

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Codevasf estuda aspectos da ictiofauna do São Francisco

Codevasf estuda aspectos da ictiofauna do São Francisco

As condições fisiológicas, a diversidade e a abundância da ictiofauna no Baixo São Francisco têm sido alvo de estudos pela Codevasf. O trabalho é desenvolvido por técnicos do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (5º CII/Ceraqua-SF), localizado no Perímetro de Irrigação do Itiuba, em Porto Real do Colégio (AL), em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), polo de Penedo e o Instituto de Química e Biotecnologia, além de pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
"Isso demonstra uma preocupação direta com a ictiofauna, além de dar inquestionável suporte e vigor a importância ao Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco", explica o engenheiro de pesca, Álvaro de Albuquerque, chefe do 5ª CII. Segundo ele, durante um ano foi realizado estudo sobre a avaliação da biodiversidade e da abundância de peixes no São Francisco e o monitoramento da qualidade da água do rio em dois pontos no entorno do Ceraqua-SF.
No estudo foram coletados diversas espécimes, avaliando-se a sua classificação, as suas medidas e a maturação sexual dos animais. Dentre as espécies estudadas, destacam-se o lambiá branco, pilombeta, piaba marituba, robalo, cará, traíra, caboge e outras.
Em paralelo ao estudo, o grupo do Laboratório de Enzimologia Aplicada e Análises Bromatológicas, do Instituto de Química e Biotecnologia da UFAL, tem estudado a condição fisiológica desses peixes, a fim de avaliar os problemas ambientais do São Francisco, as condições do ambiente e as mudanças sazonais.

REPRODUÇÃO DE ESPÉCIES
O Ceraqua-SF também conta com a parte de reprodução de espécies de peixes nativas da bacia do São Francisco, entre elas matrinchã, dourado, surubim, curimatã-pacu, pacamã e piau, além de mais duas estabelecidas: tambaqui e tilápia (linhagens Chitralada e GIFT - Geneticolly Improved Farmed Tilapia). Essas espécies servem para as pesquisas da própria Codevasf, ou da UFAL, polo Penedo e Campus A. C. Simões, e Embrapa.
As espécies nativas também são usadas em peixamentos públicos para recomposição da ictiofauna da bacia do São Francisco. Os peixamentos têm importância social (melhora a disponibilidade de espécimes junto ao estoque pesqueiro), econômica (disponibilidade de mais pescado proporciona aquecimento na oferta do produto, gerando renda), ambiental (contribui para a revitalização dos estoques pesqueiros de espécies nativas), educativa (estudantes observam como o peixamento contribui com o equilíbrio da natureza), segurança alimentar (disponibilidade de alimento de baixo custo e rico em proteína), inclusão social (oferta de alimento resgata o cidadão que vive na pobreza absoluta) e sanitária (contribui na solução de problemas de saúde pública, como a redução de casos de esquistossomose, com a eliminação de caramujos hospedeiros do parasita).

Encaminhado pelo professor Cláudio Sampaio (Buia)

Convite exposição


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dia de Campo

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Feira do Empreendedor

serão quatro dias de palestras, oficinas e cursos GRATUITOS!


Substância encontrada em tubarão detém vírus da hepatite B

Vem da biodiversidade marinha uma nova e potente arma contra os vírus de doenças como a febre amarela e a hepatite.

Trata-se de uma molécula que impede que os vilões microscópicos consigam grudar nas células que atacam, dificultando infecções.

O resultado não seria uma vacina contra os vírus, mas um medicamento potente, capaz de enfrentar os primeiros ataques virais contra o organismo e rebatê-los, reduzindo muito a chance de problemas de saúde para o doente.


Arte

A substância protetora é a squalamina, assim batizada por causa do pequeno tubarão Squalus acanthias, que mede 1 m de comprimento. Ela também é encontrada no sistema de defesa do organismo de uma lampreia (estranho peixe cuja boca parece uma ventosa).

Contra uma série de vírus, entre os quais o da febre amarela e o da hepatite B, injeções de squalamina chegaram até a zerar a contagem viral (ou seja, o número de vírus no organismo) dos animais estudados pela equipe.

Os testes foram feitos com hamsters e camundongos, e também com células cultivadas no tubo de ensaio.

Embora a pesquisa seja preliminar, os especialistas afirmam que há boas chances de a molécula começar a ser testada em breve em seres humanos para enfrentar vírus. Ocorre que ela já alcançou o nível de testes em pessoas para outros fins, como combater tumores.

Por isso, os níveis da substância considerados seguros para seres humanos já são bem conhecidos, entre outros detalhes importantes. Além disso, a indústria já sabe como produzir a substância em grande escala --não será preciso capturar tubarões e lampreias para obtê-la.

ESCUDO

A chave para o sucesso da squalamina está na curiosa interação que ela tem com a membrana que circunda as células. Essa membrana é o portal para o interior da célula e, por ela, entram tanto nutrientes como vilões, como vírus e outros invasores.

A molécula dos tubarões consegue mexer com o equilíbrio elétrico da membrana quando a atravessa. E faz isso sem causar danos aparentes às células que adentra.

Ao fazer isso, ela dificulta a vida dos vírus, porque eles não conseguem "aprender" a se ligar à membrana alterada. Assim, eles têm dificuldade para entrar na célula ou, se já estão dentro dela, não conseguem sair para invadir outras células do organismo.

Um dado importante é que essa atividade protetora da substância parece valer para vários tipos de vírus.

O estudo está na revista científica americana "PNAS".


http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/978489-substancia-encontrada-em-tubarao-detem-virus-da-hepatite-b.shtml

1° TORNEIO ABAPS

E sábado agora, 24/09, às 10:00 hs, estaremos dando início à nossa primeira ação enquanto associação. Trata-se do 1° Torneio de Tiro ao Alvo Subaquático - ABAPS/2011.

Encaminhado pelo Professor Cláudio Sampaio (Buia)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Edital UFAL-CNPq - Sem Fronteiras

Prezados,

Está aberto o Edital para graduação sanduíche no exterior através do convênio/CNPq, que disponibiliza 34 bolsas para 2012.
O regulamento geral do Programa está disponível na página do CNPq, em http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/.

FAvor divulgar amplamente na unidade.
Atenciosamente,
Equipe PROPEP.

Curso de Extensão em Ecologia de Rodolitos no Instituto de Biologia da Ufba



Palestra com Aldo Rebelo: Reforma do Código Florestal Brasileiro

A Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas – SEAGRA em parceria com o Centro de Ciências Agrárias - UFAL e com o apoio do Grupo Agroecológico Craibeiras e a Consuagro Junior está promovendo nesta sexta-feira 23/09/11 uma manhã de palestras importantes para o setor agrícola e ambiental do Estado de Alagoas, com a seguinte programação:

9h – Agricultura Familiar com o Engenheiro Agrônomo da SEAGRI, Marcos Dantas

10h – Novo Código Florestal Brasileiro com o Dep. Federal Aldo Rebelo, relator do projeto de lei de reforma do Código Florestal

O evento se realizará no Centro de Ciências Agrárias da UFAL, localizado na Rodovia BR 104N, Km 87, Rio Largo – Alagoas.

Convidamos toda Sociedade Alagoana para aproveitar esse momento, expor suas dúvidas, manifestações e prováveis esclarecimentos sobre esse assunto tão latente que é a Reforma do Código Florestal Brasileiro.


Enviado por Luciana Lucena (aluna de Agronomia)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Desenterrada ossada de golfinhos em praias alagoanas

28.08.2011 | 13h48

Quatro animais estavam enterrados pelo Instituto Biota para decomposição; material deve ser usado em estudo de pesquisador paraibano

Gazetaweb - Wanessa Oliveira

Ossadas de quatro golfinhos nariz-de-garrafa estão sendo desenterradas, durante este domingo (28), por uma equipe do Instituto Biota. Os animais foram encontrados mortos nas praias de Jatiuca, Jacarecica e Riacho Doce, e foram enterrados pela equipe de ambientalistas até a decomposição.

De acordo com o diretor-executivo do Instituto, Bruno Stefanies, o material será tratado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL ) e, em seguida, entregue para análise de um estudante de doutourado da Paraíba, que pretende fazer um levantamento sobre a morfologia dos crânios de golfinhos nariz-de-garrafa.

Segundo Stefanies, é procedimento padrão do órgão enterrar e desenterrar animais mortos na praia. "Nós viemos ao local e, após análise, enterramos com um GPS, de modo que modemos marcar os locais em que eles estão. Após a decomposição, nós retornamos para retirar a ossada, seja para guardar, seja para montar e disponibilizar em alguma exposição", explica.

O Instituto Biota registra que, desde 2009, mais de 15 corpos de golfinhos e baleias foram resgatados e enterrados em todo o Estado. O número de tartarugas, no entanto, é muito maior. "Estimamos que há entre 60 a 70 tartarugas enterradas, só em Maceió", emenda. Durante a manhã, três golfinhos já haviam sido desenterrados, restando apenas o último, em Riacho Doce, cuja ossada deve ser retirada nesta tarde.


Obs: Seria Legal um desses no nosso Pólo da UFAL em Penedo em? (precisamos de espaço)

Ministério da Saúde incentiva consumo de peixe (Semana do Peixe 2011)

A Organização Mundial da Saúde recomenda ingestão anual de no mínimo 12 kg de pescado por pessoa, mas brasileira consome 9kg/ano


"Inclua pescado na sua alimentação. É gostoso e faz bem para a saúde" esse é o lema da 8ª. Semana do Peixe que será lançada, neste domingo (11) em Niterói (RJ), pelo Ministério da Saúde e o Ministério da Pesca e Aquicultura. A campanha, que segue até o dia 24 de setembro, tem por objetivo incentivar o brasileiro a consumir pescado regularmente tendo como foco a alimentação saudável.

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-09, o consumo anual de peixe do brasileiro é de 9 kg. A meta da campanha é aumentar o consumo para 12 kg de pescado habitante/ano, quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pesquisa também revela baixa aquisição domiciliar de pescados, observa-se que houve um consumo médio de peixe de 4,03kg per capita por ano, em nível nacional, mas com grande variação por regiões: 17,54Kg no Norte, 4,96kg no Nordeste, 2,06kg no Sudeste, 1,60kg no Sul e 1,62kg no Centro-Oeste. Segundo a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, a pesquisa mostra baixa prevalência de consumo de peixes. "O percentual de indivíduos que reportaram a ingestão de pescado, pelo menos uma vez na semana, foi de 6,4%. Também verificamos que somente 10,8% dos brasileiros declaram o consumo fora do domicílio", destaca.

Os peixes são boas fontes de todos os aminoácidos essenciais, que ajudam a formar as proteínas, necessárias para o crescimento e a manutenção do corpo humano. São também fontes importantes de ferro, vitamina B12, cálcio e gorduras essenciais, fundamentais ao bom funcionamento do organismo. O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda o consumo de peixe fresco pelo menos duas vezes por semana. Patrícia Jaime ressalta que a população precisa adquirir hábitos mais saudáveis evitando o excesso de gorduras e sal nos alimentose preparações.

"Precisamos estimular as pessoas a se alimentarem melhor. O peixe traz inúmeros benefícios para a saúde, mas para abastecer o mercado e torná-lo acessível para todos, é necessário ordenar e fomentar a aqüicultura, visando o aumento da produção e oferta de alimentos", destaca.

Plano prevê inclusão do pescado na alimentação escolar

A campanha faz parte do Plano de Desenvolvimento Sustentável – Mais Pesca e Aquicultura que contempla ações como a inclusão do pescado na alimentação escolar, em feiras, em Centros Integrados da Pesca Artesanal e nos parques aquícolas.

Para incentivar a população, durante a campanha serão distribuídos cartazes para serem afixados em bares, restaurantese supermercados participantes da campanha, além do envolvimento das redes de saúde e da vigilância sanitária local.

Os produtos ligados à Semana do Peixe receberão exposição, e sinalização diferenciadas nos supermercados como forma de fomentar o consumo. Também serão distribuídas cartilhasaos consumidores em todo o país contendo informações sobre os benefícios que o consumo de pescado proporciona à saúde, além de orientaçõessobre como verificar a qualidade do produto na hora da compra, como limpar o pescado e diversas receitas regionais e melhoradas nutricionalmente, com quantidades reduzidas de sal e de gorduras.

DICAS - A campanha tem também como objetivo prestar informações aos consumidores sobre quais itens observar na hora da compra. O peixe fresco, por exemplo, deve possuir pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas; os olhos devem ser brilhantes e salientes; as escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele; as guelras devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade; odor característico e não repugna nte.

A conservação será outro ponto em destaque para os consumidores. Após o descongelamento, os pescados só podem ser congelados novamente se cozidos e preparados. No congelamento caseiro, os peixes devem ser mantidos inteiros, mas sem as vísceras. Camarões e lagostas devem ser congelados sem cabeça. Nunca congelar espécies diferentes num mesmo recipiente. Ao manusear o pescado, o vendedor deve utilizar luvas descartáveis e a higiene do local de venda deve ser observada como um todo. Os peixes são alimentos extremamente perecíveis e por isso é necessário tomar muito cuidado com seu manuseio.

Serviço –Orientações para a compra e modo de preparo poderão ser encontradas na cartilha que está disponível aqui
Neyfla Garcia
Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580/3174


imagem: http://www.mpa.gov.br/mpa/semana_peixe_2011.html
reportagem: http://www.portaldopeixe.com/conteudo/MinistriodaSadeincentivaconsumodepeixeConfiraaCartilha/1875

Campanha de incentivo ao consumo do Pescado



As carnes de peixe são carnes saborosas e muito leves. O peixe é uma saudável e deliciosa alternativa para quem procura se alimentar de forma balanceada.
A carne de peixe é nutritiva, pois contém uma quantidade elevada de proteína, semelhante à quantidade encontrada nas outras carnes. Além disso, encontramos as vitaminas A, B1, B2, B6, C, D e E. Também podem ser encontrados elementos minerais essenciais para o ser humano, como o sódio, ferro, cobre e zinco. Outro ponto positivo em relação às carnes de peixe é que estas possuem pouca gordura, principalmente a saturada, prejudicial ao nosso organismo.
Além de todas essas vantagens, o peixe possui, ainda, ômega 3, um ácido que ajuda a reduzir as taxas de colesterol, diminuindo a incidência de doenças cardiovasculares. Auxilia, também, na regeneração de células nervosas, influindo no combate à depressão e distúrbios do sono. Por atuar no sistema nervoso, o ômega 3 diminui o risco de desenvolvimento do Mal de Alzheimer, demência e cansaço mental. Esse tipo de gordura auxilia, ainda, no tratamento da pressão alta, na coagulação do sangue, no alivio das dores causadas pela artrite reumatóide, na proteção da pele contra raios ultravioleta e inflamações.
A introdução de peixe na alimentação da criança é importante, para garantir o suprimento de ferro de boa disponibilidade e proteger-lhe do risco de anemia. Para as crianças, os benefícios estão relacionados ao fortalecimento do sistema imunológico e no desenvolvimento cerebral.

Coma Peixe, Faz Bem !


http://www.portaldopeixe.com/conteudo/CampanhadeincentivoaoconsumodoPescado/1535

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dia Mundial de Limpeza de praias - Clean Up Day

Praias, mares e lagos têm sido o destino final da maioria dos dejetos produzidos por nós, seres humanos. Com a modernidade, a produção de produtos plásticos, isopores e outros materiais sintéticos tem contribuído para este problema, uma vez que a vida útil desses produtos é longa, fazendo com que estes resíduos mantenham-se por muitos anos em nossas fontes de água.

Diante da necessidade de medidas de alerta para a sociedade e de conscientização ambiental de forma global, foi criada a Campanha do Dia Mundial de Limpeza de Praias (International Coastal Cleanup), maior esforço de limpeza do ambiente marinho em todo o mundo, realizado desde 1988.

O Dia Mundial de Limpeza de Praias foi inicialmente criado com o objetivo de verificar os problemas gerados pelo lixo nos oceanos, analisando a extensão deste problema através da coleta de informações sobre a quantidade e o tipo de lixo encontrado nas praias, possibilitando estudos para verificar quais riscos estes dejetos poderiam trazer para a vida marinha e encontrar possíveis soluções.

O evento será realizado na Praia da Pajuçara (em frente ao Hotel Verde Mar) a partir das 08:00 neste sábado dia17/09/2011.

terça-feira, 13 de setembro de 2011


O II Arrastão de Limpeza dos Rios do Baixo São Francisco, organizado pela Universidade Federal de Alagoas, Unidade de Ensino de Penedo, este ano fará parte do evento "São Francisco Vive" promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Instituto de Meio Ambiente (IMA-AL), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e Prefeitura Municipal de Penedo, Alagoas. Nos 03 e 04 de outubro serão festejados os 500 anos do rio São Francisco com diversas atividades, que irão da limpeza e plantio de espécies nativas em suas margens, palestras, exposições fotográficas, gincana socioambiental, teatro, exibição de vídeos, distribuição de lixeiras, apresentações musicais e feira de artesanato na encantadora e charmosa Penedo.Como todos já devem saber, são muitos os prejuízos gerados pelo lixo nos ambientes aquáticos; mortes de animais, perda da balneabilidade e atrativos turísticos são apenas os mais conhecidos. No ano passado foram retirados mais de 142 kg de embalagens plásticas da orla do centro histórico de Penedo pelos voluntários da UFAL e escolas da rede municipal.
Se não puder comparecer em Penedo, participe do evento mais próximo de sua cidade! Faça a diferença em sua praia, rio, em sua casa, trabalho, escola... Lembre-se: o lixo é problema de todos nós!

Indicado por: Cláudio "Buia" Sampaio.

sábado, 10 de setembro de 2011

Fazenda cria camarões em pleno deserto de Las Vegas

Notícia da BBC Brasil.

Longe do mar, no meio do deserto, uma fazenda de camarões ajuda a abastecer o consumo voraz do crustáceo pelos moradores da cidade americana Las Vegas.


Famosa por seus cassinos, a cidade do Estado de Nevada tem o maior consumo per capita do país e uma demanda anual de 10 mil toneladas de camarão.
O supervisor da fazenda, Adrian Zettelof, explica que a produção envolve 4 milhões de litros d'água.
Os crustáceos ficam prontos para o consumo em 120 dias.
Contém video

Encaminhado pelo Professor Petrônio Filho

terça-feira, 6 de setembro de 2011

últimos informes sobre o II ECOAL

1 - PROMOÇÃO: Grupos de inscritos formados por até 10 pessoas pagarão R$ 35,00 (incluso inscrição no evento + mini-curso). Promoção válida até 08/09 ou ao encerrar limites de inscrição.
2 - Haverá tradução de algumas palestras e mini-cursos para LIBRAS.

domingo, 4 de setembro de 2011

Novo endereço de BLOG DA GREVE DOS/AS PROFESSORES/AS DA UFAL

A fim de tomarem conhecimento sobre a greve e as atividades que estão sendo desenvolvidas, acessem o novo endereço do blog da greve dos/as professores/as da UFAL abaixo, pois o antigo foi removido da rede hoje às 11h e ainda não se sabe como isso aconteceu:

http://professoresemgreveufal.blogspot.com/


Lígia Ferreira
Professora Adjunto 1 - UFAL
Canal de comunicação e informação colaborativa sobre a mobilização dos professores da Universidade Federal de Alagoas. Canal de transparência.

Desenvolvimento Cego Ameaça Abrolhos - Artigo do Estadão

Omissão do governo em exploração de petróleo leva riscos a Abrolhos

Treze blocos de extração do óleo estão tão próximos do santuário que, se houver um acidente, será difícil evitar um desastre ambiental; reserva marinha, que abriga 9 mil baleias-jubarte, é considerado o local de maior biodiversidade do Atlântico sul

02 de setembro de 2011

Iuri Dantas, de BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Sem lei para evitar que a indústria petrolífera se aproxime perigosamente da reserva de Abrolhos, no litoral da Bahia, o Brasil tem hoje 13 blocos de extração de óleo localizados tão próximos do santuário de 9 mil baleias-jubarte que, em caso de acidente, não há segurança ambiental mínima para evitar um desastre ecológico.

Sterling Zumbrunn/Conservação Internacional-1/10/2010

Santuário. Parque marinho abriga corais e baleias-jubarte

Com base em acidentes já registrados e políticas adotadas em outros países, os pesquisadores dizem que a exploração de petróleo não deveria acontecer em um polígono de 92 mil quilômetros quadrados - área equivalente à de Portugal - ao redor do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o local de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Essa é a área que, pelas características das correntes e a riqueza da flora e fauna da região oceânica, funcionaria como uma rede de proteção contra eventuais acidentes.

Para se ter ideia de quanto vale a segurança ambiental dessa distância, o derramamento de óleo no Golfo do México, no ano passado, afetou 229 mil quilômetros quadrados, uma área duas vezes e meia maior que o polígono sugerido para Abrolhos.

Os 13 blocos de exploração de petróleo que se localizam no interior do polígono de 92 mil quilômetros quadrados, a área considerada de segurança, são operados pelas empresas Petrobrás, Vipetro, Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda., Cowan Petróleo e Gás S.A. e Sonangol Starfish Oil & Gas S.A. Esse polígono foi sugerido ao governo em estudo conduzido pela ONG Conservação Internacional em 2005.

Para estabelecer essa área, os técnicos da ONG utilizaram o método de dispersão da gota de óleo, também usado pelo governo da Nova Zelândia. Significa dizer que, se houver derramamento em qualquer ponto do polígono, o óleo atingirá Abrolhos.

De lá pra cá, o plano foi absorvido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) como um "excelente trabalho", mas nada foi feito de prático, além da promoção de discussões internas do governo. "Esse estudo é excelente", avaliou Cristiano Villardo, coordenador-geral de Petróleo e Gás do Ibama. "Seria interessante ter uma solução de longo prazo, se é tão importante assim proteger Abrolhos, como diz o governo", afirmou.

Medida tampão. O expediente de curto prazo foi adotar uma zona de 50 quilômetros ao redor do arquipélago, que fica excluída dos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP), informou o próprio órgão regulador.

Novamente para comparar, o derramamento do poço Macondo, da British Petroleum, sujou de óleo 790 km da costa norte-americana há um ano e meio.

"Mais de 20 mil famílias dependem de Abrolhos para sobrevivência, e a extração de recursos ali representa 10% da riqueza pesqueira do País", descreveu Guilherme Dutra, um dos autores do estudo da Conservação Internacional. "Não somos loucos de propor exclusão de áreas econômicas, mas simplesmente não dá para permitir exploração de petróleo e gás, certamente é um risco."

O Instituto Chico Mendes (ICMBIO), do governo federal, pretende brigar pela criação de novas áreas de proteção ambiental na região, segundo Rômulo Melo, que preside a instituição. "Há interesse do governo em preservar Abrolhos e temos conversado com as ONGs para ver onde a gente possa propor outras áreas de conservação."

O Ministério do Meio Ambiente adotou, em 2006, uma portaria vedando a exploração de petróleo em área próxima à zona de exclusão proposta pela Conservação Internacional, segundo Villardo. O movimento ajudou a excluir mais de 200 blocos de uma licitação da ANP.

Mas o instrumento foi derrubado pela Justiça no ano passado. A partir de então, as empresas retomaram a exploração.

O governo também optou por uma solução política. Em vez de definir uma zona de exclusão formal, de forma transparente, ficou decidido, por meio de uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética, que a ANP deveria consultar o Ibama antes das licitações.

O problema é que o instituto não tem lei para trabalhar e evitar que a exploração se aproxime de Abrolhos.

Confusão. A falta de regras levou até a estatal Petrobrás a iniciar a exploração de áreas que podem representar riscos a Abrolhos. A empresa disse ao Estado que suas operações estão "de acordo com legislação vigente e dentro dos mais rigorosos padrões internacionais de segurança operacional, com absoluta preocupação com o meio ambiente".

A disposição do governo de ampliar áreas de proteção, no entanto, representa um risco para a própria petroleira e seus acionistas. Em comunicado enviado ao Estado, a Petrobrás elencou medidas adotadas para prevenção de acidentes. Por exemplo: "Todas as unidades marítimas de perfuração (...) são equipadas com sistemas que podem prover o fechamento imediato e automático do poço, prevenindo seu descontrole."

Outro exemplo: "A companhia, seguindo os mais modernos padrões internacionais, instalou dez Centros de Defesa Ambiental (CDAs) distribuídos no País." A Petrobrás foi a única empresa que respondeu aos questionamentos feitos pelo Estado.

ENTREVISTA
Ilana Wainer, professora do Instituto Oceanográfico da USP

1.As licitações para prospecção de petróleo estão bastante próximas dos limites do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Essa distância é segura?
A meu ver, não. Aliás, é bastante complicado falar em distância segura em uma atividade como esta. A gente não sabe o que pode acontecer em caso de acidente, é uma situação potencialmente perigosa.

2.Além da exploração do petróleo, que traz consigo riscos de vazamento, há outros perigos?
Sim, há. Quando você perfura o fundo do mar, pode liberar gases causadores do efeito estufa que estão lá embaixo. O óleo do subterrâneo está misturado com gases dentro das rochas. Quando você perfura, eles se volatilizam e vêm à tona.

3. Você vê alguma solução possível para essa situação de Abrolhos?
Tem de haver um esforço de investimento em energias limpas, pois o risco de exploração em uma área dessas não vale a pena. Por Karina Ninni

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,omissao-do-governo-em-exploracao-de-petroleo-leva-riscos-a-abrolhos,767446,0.htm
encaminhado pelo professor Cláudio Sampaio

Dois estudantes de engenharia de pesca iniciam programa Gopro na Explorer Diving

Alunos durante uma das aulas na Explorer Diving

Intuito dos alunos é se profissionalizarem em diversos cursos de mergulho e agregar valor a futura profissão

A Explorer Diving é uma empresa que, além de vender acessórios para mergulho, tem uma excelente infraestrutura para atender aos interessados em aprender a mergulhar e preocupa-se com o meio ambiente. A empresa procura oferecer os cursos mais diversificados do segmento, dando a possibilidade dos alunos escolherem o que melhor se encaixa no perfil de cada um.

Nesta semana, mais precisamente na segunda-feira (29) dois estudantes de engenharia de pesca da Universidade federal de Alagoas (Ufal), iniciaram o programa Gopro que irá possibilitar aos alunos o aprendizado de diversos conhecimentos no que se refere ao mergulho. Os alunos que também são amigos se matricularam no plano 1 do programa e os cursos incluídos são: Open Water Diver, advanced Open Water Diver, EFR (Socorrismo), Rescue Diver e Divemaster. Além disso, no plano são inclusos no treinamento 75 mergulhos.

De acordo com o mergulhador e instrutor profissional PADI MSDT, Luis Miguel Filipe, que ministra os cursos, o intuito é tornar os alunos profissionais qualificados para que possam trabalhar na área. "Temos aulas teóricas com apostilas, apresentação de vídeos, como também aulas práticas com 75 mergulhos que contribuem para os alunos se familiarizarem com o fundo do mar, já que pretendem se profissionalizar", disse Miguel.

Ele acrescentou que os alunos que fazem este programa Gopro, recebem uma credencial profissional da PADI que permite aos alunos a trabalharem em quaisquer áreas do segmento de mergulho. "O profissional que faz todos os cursos do programa Gopro está habilitado a ensinar as pessoas a mergulhar e servirá de guia de viagens para destinos de mergulho exóticos", contou Luis Miguel.

Para um dos alunos que estava pesquisando sobre certificadoras PADI em Maceió, Fernando Brandão (25), que acabou escolhendo a Explorer Diving, a vontade de adquirir experiência sobre mergulho o levou a fazer o programa Gopro. "Quando vi a carga horária e o mergulho de resgate da Explorer Diving, me chamou a atenção. Pretendo trabalhar com isso, agregando valor ao curso de engenharia de pesca que estou fazendo, pois contribuirá para que eu possa colher amostras, observar a densidade no fundo do mar".

Felipe Pedrosa (23) que também estuda engenharia de pesca, disse que dois motivos primordiais o levaram a querer fazer o programa Gopro, um deles é o fato de pretender fazer mestrado e doutorado em Ecologia; o outro motivo foi o desejo de viajar para fora do país e mergulhar em outros oceanos, conhecendo diversas espécies da fauna marinha mundial. "Estou aprendendo muito neste curso e espero poder ter aulas práticas o mais rápido possível", finalizou Pedrosa.

Deisy Nascimento

Ascom – Explorer Diving

http://explorerdiving.com.br/blog/noticias/931/#more-931

Palatéia - O paraiso das Ostras

http://youtu.be/vKJXems1bro

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REUNIÃO DE ESCLARECIMENTO E MOBILIZAÇÃO 05/09 15h

Caros alunos...

Segunda-feira, as 15:00, haverá na nossa unidade uma reunião com a participação de professores, técnicos e alunos, para tratar sobre a greve de funcionários e professores da UFAL. Vide texto abaixo. Contamos com a presença de todos!!!

Até segunda-feira, Prof. Petrônio.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CARTA DE REPÚDIO AO ACORDO MPOG 04/2011 DE 26/08/2011

Meus Amigos,

Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:

«CARTA DE REPÚDIO AO ACORDO MPOG 04/2011 DE 26/08/2011»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N13649

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras.

Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N13649 e divulga-o por teus contatos.

Obrigado,
Buia.