terça-feira, 24 de maio de 2011

Laboratório de Patologia Aquática

A patologia de organismos aquáticos é mais um dos ramos da Engenharia de Pesca, estuda doenças dos animais aquáticos que são percebidas com alterações comportamentais e /ou integridade corpórea. A aparição de doenças em organismos cultivados é um dos principais fatores dos limitantes da produção, no Brasil há poucos estudos realizados com o objetivo de se testar a eficácia e os efeitos secundários de drogas que combatem doenças nos peixes, mas é necessário que o aquicultor tenha um conhecimento teórico mínimo para aplicar técnicas de manejo e tratamento, e saber identificar os principais agentes. As principais doenças que acometem os cultivos são: doença da coluna, micobacteriose, infecção por streptococcus e septicemia ocasionadas pro bactérias, ictiofitiriase ou doença dos pontos brancos, piscinodiníase e tricodiníase ocasionadas por protozoários. Essas enfermidades ocorrem, principalmente, quando a relação hospedeiro-parasito-ambiente é afetada por condições ambientais e de manejo inadequado nas pisciculturas e pesque-pagues.

O laboratório de patologia aquática da Universidade Federal de Alagoas – UFAL (unidade de ensino Penedo) possui quatro estagiárias sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Talita Espósito, encontra-se em andamento o projeto: MONITORAMENTO DA SAÚDE DE JUVENIS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum) CULTIVADOS NO BAIXO SÃO FRANCISCO, com o objetivo de monitorar a saúde de juvenis de tambaqui cultivados no perímetro irrigado do Betume-SE, onde é possível identificar a ocorrência de protozoários, myxozoários e monogenéticos parasitos de juvenis de tambaqui através do exame das brânquias e tegumento. Atualmente, no Baixo São Francisco, destaca-se a importância dos programas de peixamento promovidas por empresas geradoras de energia elétrica para fins de povoamento dos lagos e rios da região. No entanto, inexistem estudos acerca da sanidade dos juvenis de tambaquis (Colossoma macropomum) cultivados para posterior doação, o que pode acarretar na introdução e disseminação de novos patógenos nos ambientes naturais ou nas pisciculturas de pequenos produtores.

Apesar do sucesso no cultivo dessa espécie, situações de confinamento e manejo inevitavelmente acabam gerando estresse, acarretando redução de consumo alimentar e diminuição da resistência imune, propiciando a ocorrência de doenças e muitas vezes mortalidade de lotes inteiros. Também foi realizado neste laboratório o diagnóstico presuntivo de juvenis de tilápia (Oreochromis niloticus) provenientes do experimento implantado na Ilha de São Pedro, na região do baixo São Francisco situado no município de Penedo, Alagoas, além deste foi realizado diagnóstico presuntivo de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) provenientes da piscicultura da CODEVASF-Betume-SE, onde a mortalidade ocorreu logo após estresse gerado por cortador de grama próximo às gaiolas de cultivo, produzindo além de barulho excessivo, entupimento da malha.

Atualmente este laboratório de patologia não possui sala específica, sendo que as atividades são realizadas no laboratório didático.

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