quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estudantes do curso de Engenharia de Pesca da UFAL – Penedo participam do Programa de Resgate Cultural dos Pescadores e Pescadoras do Baixo São Francisco (CHESF).

Uma equipe de 4 estagiários do Laboratório de Pesca do Pólo Penedo da Universidade Federal de Alagoas participam como monitores do Programa de Resgate Cultural dos Pescadores e Pescadoras do Baixo São Francisco, sob a coordenação do Prof. Igor da Mata Oliveira.

O Programa representa a execução do contrato celebrado entre a BRASILENCORP Engenharia, Meio Ambiente e Gestão Participativa e a Companhia Hidroelétrica dos Vales do São Francisco e Parnaíba – CHESF, no qual estão sendo desenvolvidas oficinas em 22 municípios, compreendendo os estados de Sergipe e Alagoas. O Programa teve início em 2010, contando com uma equipe composta de 8 técnicos, sendo uma Coordenadora (Historiadora e Arqueóloga), uma técnica de Mobilização (Turismóloga) e um técnico de cada uma das áreas de Arquitetura, História, Geografia, Turismo, Engenharia de Pesca e Fotografia, que são supervisionados por técnicos da Divisão de Meio Ambiente de Geração (DEMG) da CHESF, em atendimento à condicionante de Licença de Operação (LO), da Usina Hidrelétrica de Xingó.

O referido Programa tem como principal objetivo realizar ações que busquem o resgate e a memória das manifestações, celebrações, ofícios e saberes dos Pescadores do Baixo São Francisco, assim como registrar e interpretar, através de inventário, a dinâmica e convivência, naquele espaço, dos bens produzidos pelo homem em épocas distintas, materiais ou imateriais, conhecidos no presente pelos seus significados, quase sempre repassados pela tradição histórica oral, com vistas às suas permanências, para o conhecimento e apropriação pelas gerações atuais e futuras.

No que se refere ao levantamento de informações sobre os pescadores e pescadoras do Baixo São Francisco, a equipe do Prof. Igor (Engenheiro de Pesca) está diagnosticando/ caracterizando as atividades de pesca desenvolvidas na região, com vistas à construir um cenário cultural da atividade pesqueira atualizado, através de informações amostrais, incluindo descrição dos apetrechos de pesca, das embarcações de pesca e das colônias de cada município. Para tanto, a equipe vêm realizando pesquisa de campo com os pescadores e as colônias de cada município.

São registradas informações como a caracterização dos materiais de pesca e as espécies alvo e acessórias de acordo com a especificidade de cada apetrecho, dada grande diversidade de ambientes, recursos pesqueiros e consequentemente das técnicas de pesca desenvolvidas ao longo do Baixo São Francisco. As embarcações são caracterizadas de acordo com o comprimento total, o tipo de propulsão (vela, motor, remo, etc.), se possui registro ou não, a forma de conservação (se não tem estrutura para a conservação) e a quantidade de pescadores.

A caracterização da Colônia se dá de acordo com sua sede – se possui sede própria ou alugada, quais estruturas próprias e quantos pescadores são associados às colônias e os que não são associados; os que já receberam ou não benefícios da Previdência Social, Seguro do Defeso da Piracema, como vivem, moram, a escolaridade, o acesso a determinados serviços, dificuldades e demandas, possibilitando a geração de um diagnóstico técnico, sócio econômico e ambiental, extremamente útil para uma desejada estruturação da pesca artesanal da região.

As informações levantadas subsidiarão um banco de dados, que dará ensejo aos Relatórios de Saídas e informações complementares subsidiando a construção do cenário cultural atualizado da pesca artesanal. Estas informações serão processadas e analisadas cautelosamente no escritório da BrasilEncorp, sediado em Recife.


Além da parte de pesca, o programa também prevê o desenvolvimento de um inventário do acervo cultural e levantamento de dados sociológicos das comunidades de pescadores, levantamento Histórico
e levantamento dos Bens Materiais e Imateriais.

Enviado pelo Professor Igor

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